Cuidados na gravidez, Desenvolvimento Infantil

Os produtos “atóxicos” realmente não são tóxicos?

Todos nós buscamos comprar produtos que sejam adequados aos nossos filhos, e principalmente que não tragam riscos ou provoquem doenças. Grande parte dos produtos destinados à crianças e bebês vem com a informação preciosa de serem “atóxicos”. E será que isso é verdade? Será que os fabricantes podem garantir com segurança que todos os materiais utilizados naquele produto não oferecem riscos?

Infelizmente em muitos casos a respostá é não! A lista de compostos com efeitos prejudiciais no desenvolvimento infantil é longa (já falei de vários deles em posts passados). Alguns produtos atóxicos realmente podem ser livres de determinados compostos, como metais pesados, BPA, formaldeído e ftalatos, mas podem conter outros que apresentam efeito tóxico, como retardantes de chama (PBDE, TDCP e TCEP), cloreto de vinila e compostos perfluorados, além de muitos outros.

Além disso, muitas substâncias usadas para substituir um composto químico perigoso em produtos atóxicos, estão hoje se mostrando tão toxicas quanto seus antecessores (caso do BPA, que já falei por aqui, e de alguns ftalatos).

Como fazemos para saber se o produto é REALMENTE atóxico? Essa pergunta é muito DIFÍCIL de ser respondida! Quando compramos um brinquedo, um tapete infantil ou um pote plástico, por exemplo, não sabemos a lista dos “ingredientes” usados para fabricá-los. E mesmo que soubéssemos, como ter certeza da quantidade e do real efeito tóxico de cada material?.

E então, o que podemos fazer? LER, ler ao máximo; nos INFORMAR através de fontes seguras sobre os possíveis prejuízos de cada material e tentarmos REDUZIR o consumo de coisas desnecessárias. Claro que não podemos ficar aterrorizados achando que qualquer produto causará danos em nossos filhos, mas também não podemos fechar os olhos diante de tantas evidências que conectam os compostos químicos mencionados acima com doenças crônicas e alterações no neurodesenvolvimento infantil. É nosso direito escrever para os fabricantes e cobrar que os governantes criem regulamentações nessa área, como tem ocorrido em alguns países. Aos poucos vou postando sobre novos estudos nessa área.